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20 março 2004

Declaro oficialmente a extinção deste blog.
Foi um projecto arrojado que pretendia levar os participantes à discussão de diversos temas e que permitisse que cada um tivesse o seu espaço, os seus ideiais e que todos pudessemos lucrar com a troca de ideias. Não resultou como esperava, ou só resultou como queria por muito pouco tempo. É certo que cada vez a vida é mais complicada e não arranjamos tempo para outras ocupações mas espero que todos os que participaram tenham lucrado com esta iniciativa. O meu muito obrigado a todos os que participaram e se interessaram pelo Blog e a todos aqueles cibernautas anónimos que nos visitaram.
Obrigado e até à próxima.

23 janeiro 2004

A GREVE, como eu gosto da greve! Uma das coisas que mais gosto é o sossego que há nos grandes centros urbanos quando há greve, no sossego que há no país quando as pessoas ficam em casa para não ir trabalhar!
Mas... há sempre um mas! Segundo o Director de S. José em Lisboa houve menos 30 doentes urgentes, o que dá que pensar! Se as pessoas estão doentes vão ao hospital, se as pessoas que trabalham não vão trabalhar, as pessoas que não trabalham (doentes ou não) não vão ao hospital! É óbvio que isto não é factual... mas é quase! Não será preferível aproveitar um fim de semana prolongado, mesmo doente, do que ir trabalhar em perfeita saúde?!
Será que quando as pessoas trabalham estão mais dispostas a perder um dia inteiro no hospital para serem atendidas do que as pessoas que estão de férias ou de greve? Será que quando dá na televisão um Benfica-Sporting não há ninguém nas urgências?! Será que os centros de saúde funcionam ou as pessoas nem se dão ao trabalho de ir ao seu médico de família?
A saúde em Portugal é uma doença incurável!

17 janeiro 2004

A inteligência é uma coisa que me fascina, sempre gostei de saber o que estava por detrás da burrice de uns e da genialidade de outros, por isso sempre me esforcei para não cair na primeira! Não me considero burro, muito menos inteligente, sou apenas mais um no meio de biliões de tipos medianos que fizeram e fazem o que têm a fazer, correndo o risco de nunca ficarem para a história pelo simples facto de não serem diferentes do vizinho do lado!
No entanto a história está repleta de homens e mulheres que mesmo burros que nem portas conseguiram ficar para sempre lembrados, quer pela sua burrice completa ou pelas maravilhas que fizeram com a sua "burrice"! Há, no entanto, aqueles que são cromos, perdão, cromíssimos! Não no sentido irónico mas sim no sentido da genialidade que está em todos os cromos! É verdade que muitos fizeram o teste de QI da Tvi e não ficaram satisfeitos com a "dureza" da prova, achavam que era demasiado simples...para estes que querem ser cromos fica aqui o site dos que são realmente cromos!
Só tenho a desejar boa sorte!

International High IQ Society

12 janeiro 2004

A sede de conhecimento é algo que qualquer pessoa que goste de pensar tem, mas é cada vez mais complicado saciar este desejo com a ajuda de outros! É uma atitude que extremamente solitária que nos faz perder o contacto com os outros e com outras opiniões! A tertúlia está a desaparecer!
Nos tempos agitados que correm quem é que tem tempo para se reunir num restaurante ou bar até às duas da manhã com os amigos para uma conversa inteligente? Gostava de voltar aos tempos em que num qualquer café "Central", numa qualquer pacata vila se reuniam diariamente os "pensadores" da terra. Estes "pensadores" não eram mais do que o médico, o latifundiário e o seu feitor, o dono do café, o merceeiro, o livreiro e o jornalista, entre tantas outras nobres profissões, que à volta de uma mesa do café falavam abertamente sobre o país, as suas vidas, as suas crenças e o que esperavam da vida! A confluência de todas estas vidas e diferentes saberes eram o tónico ideal para noites de aprendizagem ao mais alto nível! Bastava estar sentado na mesa ao lado e apreciar as diferentes perspectivas, era um ensino rápido, eficaz e deveras divertido!
A vida não é feita de estudo e ciência, de saber ou de senso comum, é feita de influências, de vivências e acima de tudo de contacto com os diversos mundos que nos rodeiam! Eu quero voltar atrás no tempo e viver nesta pacata vila e beber do saber de experiência feito destes homens e mulheres que com as suas vidas davam vida e alimentavam almas sequiosas de saber como a minha!

11 janeiro 2004

Será que este nosso pequeno blog está em perigo com estas afrontas à liberdade de expressão? Será que o artigo da Constituição vai ser alterado e vamos ter de refrear os nossos comentários? Fico à espera! Até lá espero continuar a usar e abusar deste artigo tão nosso, tão bonito e dos poucos que até não estão nada mal!

Neste nosso pequeno país de faz de conta queria lançar a seguinte questão, será que ninguém se apercebe que aquilo que o governo está a fazer com esta história das Grandes Áreas Metropolitanas, Comunidades Urbanas e Áreas Intermunicipais é uma regionalização sem regiões? Os argumentos usados pelo Secretário de Estado são os mesmos que eram esgimidos pelos regionalistas... Eu até sou a favor da regionalização, mas não há um artigozito na Constituição que obriga a que antes da regionalização haja referendo? Isto sou só eu que digo, não sei...

23 dezembro 2003

O Artigo 37 deseja um Feliz Natal a todos os que por aqui passam e perdem tempo connosco, aos que não gostam do blog resta desejar um Natal não tão bom como os dos outros, um Natal mediano! Meri critma e que o Pai Natal seja um mãos largas! Mãos largas espiritualmente, porque já todos sabemos que ele também sofre a crise!

08 dezembro 2003

Os telejornais voltam a fazer das suas, a venda de crianças televisionada é o último grito em televisão em movimento! Acredito que muitos portugueses estão contentes com a brava intervenção de corajosos jornalistas que entram no mundo do tráfico de crianças, captam imagens exclusivas e fazem 30 minutos de telejornal sensacionalista.
Resta saber se estas intervenções à Hollywood não vão prejudicar investigações policiais, se estão relacionadas com investigações policiais ou se são feitas com a colaboração dos nossos agentes! Faz-me confusão ver uma reportagem em que estão jornalistas a fazer de isco e depois aparece a policia para prender os vendedores! Até que ponto vamos ter um país a reboque dos media? Todos sabemos que eles têm uma força incrivel mas devemos acreditar em tudo o que nos dizem e no que vemos? Ou temos de ler nas notícias o que devia ser a notícia?
Quero um telejornal de 30 minutos sem ligações em directo para Viseu onde há a maior broa do mundo, sem ligações a Bagdad onde os nossos GNR se queixam porque so comem "massa" e sem a ligação final para a desertificação de uma aldeia localizada para lá da modernidade!
Quero imprensa de direita, quero imprensa de esquerda, não quero que haja imprensa contra tudo e todos, quero um Portugal um bocadinho mais evoluído.

Desejava chamar à vossa atenção para o seguinte facto: porque raio é que o PDM de Lisboa foi alterado esta semana sabendo que tem de ser revisto (é uma obrigação legal) para o ano que vem? E quando se fala em revisto é mesmo rever todos os artigos. Será que os lobbyes do betão não podiam esperar um ano? E já agora, temo pelo futuro do Quartel do Carmo, que é onde nasceu a democracia portuguesa tal como a conhecemos, com a passagem do poder para as mãos do General Spínola. Só espero que não vá para lá um dos prometidos silos de betão de estacionamento prometidos para uma série de bairros históricos.

02 dezembro 2003

Ainda acerca da questão da revisão constitucional cumpre-me dizer uma ou duas palavras. Em primeiro lugar para dizer que apesar de discordar com o argumento de fundo do PR, concordo em parte com a sua posição. É claro que Espanha é um caso muito específico de constitucionalismo, o exemplo foi mal escolhido porque, em primeiro lugar em Espanha tem-se medo de rever a Constituição por se temer o reforço das autonomias que podem por em causa a unidade do Estado espanhol e por outro lado isto não é uma questão de contabilidade ("eu tenho mais revisões que tu"), o que interessa são as opções de fundo. As da nossa CRP são iguais ou talvez melhores (pelo menos a nível de direitos, liberdades e garantis) ás de qualquer outro país europeu. Concordo por isso que não se faça uma (outra, já houve a de 97 que não foi propriamente perfeita) revisão de fundo da constituição. O chamado carácter socializante do texto original que tanto assustou algumas pessoas nunca foi posto em prática e foi à muito expurgado do texto. De nada vale andar a mudar constituições para elas se aproximarem o mais possível do programa dos nosso partido porque se os outros partidos fazem o mesmo andamos sempre a rever e nunca se chega a lado nenhum. Uma constituição elaborada por assembleia é, por definição compromissória, porque é isso que a democracia é: fazer compromissos. Hoje em dia a Constituição não é certamente um dos maiores problemas do nosso país.

28 novembro 2003

O Pacto de Estabilidade e Crescimento morreu, viva o directório franco-germânico. Isto só prova que na UE sobrevive e reina a politica dos mais fortes debaixo da retórica melada dos eurocratas. Debaixo da capa da Comunidade a pura e dura Realpolitik... O mais irónico é que as regras do PEC foram feitas para conter o défice em Itália (nunca ninguém acreditou durante as negociações que algum país ibérico conseguisse entrar) pela sempre ciosa Germânia, e agora... Bem vamos lá ver que ventos vão soprar dos lados de Bruxelas

21 novembro 2003

Tendo em conta os posts já deixados pelos interessados e ilustres colunistas, vamos deixar este assunto de lado e partir para outro! Como a única coisa que faço aqui é fazer com que o blog ande para a frente e não seja mais uma perda de tempo, vou passar a aceitar todo os assuntos que quiserem explorar neste forum. A partir de hoje podem escrever o que quiserem, a censura não mora aqui!
Quero agradecer a colaboração de todos os que não perderam tempo a escrever, e agradecer o (momentâneo) silêncio dos colunistas que, embora inscritos, não devem ter gostado muito do tema inicial, mas agora vão estar livres do espartilho por mim imposto! Não posso deixar escapar o agradecimento ao "enviado especial", em Zaragoza, Pedro Lima, que reparte os seus ensinamentos em Economia e da mulher espanhola com o artigo 37! Muito obrigado a todos!
Let the posts begin!!

27 outubro 2003

É certo que notamos à nossa volta, no meio académico e não só, uma crescente apatia nos jovens. Eu diria que mais do que apatia, o que se vê é conformismo, o que não sei se até mais grave. O pensamento parece ser: "isto está mal... mas se eu fizer alguma coisa pode ser que as coisas piorem para o meu lado, por isso é melhor deixar-me mas é ficar aqui quietinho, na carneirada e não fazer ondas". Este tipo de raciocínio trás implicito outro dos problemas de hoje em dia que é uma imensa preguiça ("Porque é que eu me hei-de mexer... isso só dá é trabalho") que é também o que leva a quase ninguém querer participar na politica, daí a fraca qualidade de uma parte dos políticos, o que leva a uma maior perda de interesse... é uma bola de neve.
Outro problema da juventude hoje em dia é que tem muitas coisas para fazer, muitas distracções, não nos podemos esquecer da globalização que nos entra pela casa e pelos olhos a dentro. Muitos jovens pura e simplesmente preferem fazer outras coisas que pura e simplesmente acham mais interessantes. E estão no seu direito, claro, o problema é que parecem não ver o que estão a abdicar. O argumento do costume é que como nascemos numa democracia não sabemos como era, que damos tudo por adquirido, que não precisámos de lutar pela nossa liberdade. A questão também se põe em muitas outras democracias e, apesar destes argumentos, parece-me ser algo mais do que isto.
Às vezes esquecemo-nos o quanto copiamos os mais velhos, mas se formos a reparar, tudo isto que foi dito não só vale para os jovens mas para a sociedade enquanto um todo. Daí a também enorme falta de qualidade de alguns dos dirigentes e lideres actuais, das manifestações ("Assim não pode ser, trabalhar sem receber", que raio de palavra de ordem... não pode ser? Não têm nada mais fortezinho do que isso?), etc.
Mas a verdade é que nós enquanto jovens temos uma responsabilidade maior. Não podemos deixar que os carreiristas e oportunistas e homens do aparelho (os "yes men") tomem conta dos cargos de importância seja onde for. Cabe-nos a nós sair do esturpor e fazer alguma coisa. Toca a acordar pessoal!

24 outubro 2003

(Des)Intervenção dos jovens na sociedade

Em tempos conturbados como os que passamos, em que as instituições democráticas não funcionam correctamente e têm um clima de suspeição sobre elas, nada é mais importante do que acreditar que o futuro será melhor. Para tal é necessário que os jovens de hoje, que serão os líderes de amanhã, estejam conscientes dos problemas que a eles também dizem respeito.
A apatia dos jovens é um flagelo que se tem de combater para termos a certeza que o amanhã será melhor. É certo que os "nossos" combates são diferentes dos dos nossos pais e avós, no entanto, é preciso tornar esses combates em algo que valha verdadeiramente a pena lutar. Julgo que muitos dos jovens hoje em dia não sabem o que querem, daí o ruído e manifestações sem jeito, em vez de clareza e debate concertado com os que podem verdadeiramente mudar o rumo das coisas!
É com preocupação que olho para os diversos movimentos políticos e culturais para jovens e líderados por jovens, tudo devido a uma linha de pensamento estruturada, a falta de valores e ensinamentos para a formação pessoal dos seus filiados ou simpatizantes.
Será que "nós" estamos preparados para tomar conta do que quer que seja?
Será que estamos a beira de um Portugal onde o "amiguismo" valerá em deterimento do mérito pessoal?
Será que estamos perante um futuro onde a anarquia e o laxismo serão as palavras de ordem?
Deixo aqui o mote para uma análise para todos os que queiram participar no Artigo 37º.

18 outubro 2003

Este blog tem como objectivo a trasmissão de ideias, pensamentos, críticas de um grupo heterogéneo de pessoas que têm como ponto de ligação, numa fase inicial, os fundadores, Raquel Lourenço e Miguel Brito. É absolutamente necessário que os intervenientes neste blog sejam capazes de expor as suas ideias de modo claro para que se possa criar um bom ambiente de discussão. Espera-se de todos o que esperamos de nós próprios, coerência, capacidade crítica e que respeitem as opiniões dos outros. Basta seguir o Artigo 37º da nossa Constituição e não haverá problema!

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